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UM SUSTO PARA NUNCA ESQUECER

  • Foto do escritor: Nei Damo
    Nei Damo
  • 18 de abr. de 2020
  • 2 min de leitura

Atualizado: 3 de mai. de 2020

História 01 da série Humor no Trecho

Em cruzamentos de estradas de rodagem com estradas de ferro, existe sempre uma placa com os dizeres:

Pare!

Olhe!

Escute!

Uma placa raramente obedecida, porque uma passagem de um trem por uma estrada é rara, visto que o transporte de cargas por trem ficou em segundo lugar, quando o Governo priorizou os caminhões. Atualmente, os trens estão voltando, com tímidas privatizações de redes ferroviárias.

Um trem é imponente. Um trem impressiona, puxando todos aqueles vagões e, visto de longe, a locomotiva parece pequena.

No entanto, uma locomotiva, principalmente as tocadas a diesel, é uma máquina grande. Aproximadamente, sua altura é um pouco menor do que a altura de três automóveis empilhados e, seu comprimento, é também quase quatro automóveis pequenos, enfileirados. Uma locomotiva tem um potente farol no centro da parte alta da frente, e um apito forte e longo, porque precisa ser ouvido longe.

Uma empresa de construção de estradas ganhou uma concorrência para a pavimentação de uma rodovia, onde mais ou menos no meio do trecho, num lugar deserto, havia uma passagem de uma via férrea. Com esta empresa, vinha então gente nova para a região, que não conhecia o fato de que um certo maquinista de locomotiva tinha um estranho costume.

A linha dos trilhos cruzava a estrada de chão batido num corte mais ou menos alto do terreno, isto é, ao trafegar pela estrada, o motorista de um automóvel não podia ver algum trem se aproximando.

O maquinista tinha a função de recolher à oficina uma locomotiva reserva de vez em quando e, era neste dia que ele aprontava o seguinte:

Ele colocava a máquina no corte da estrada no escuro da noite e esperava algum carro atravessar a sua frente. No exato momento em que o carro estava sobre os trilhos, o desgraçado ligava a máquina, acendia o farol que clareava tudo como a luz do dia, e acionava o apito, forte e longo, enquanto punha a locomotiva em movimento.

Quem estava no carro levava um susto apavorante, para nunca mais esquecer, e rir dele sempre que enxergar uma placa com os dizeres:

Pare!

Olhe!

Escute!

 
 
 

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